domingo, 18 de março de 2012

Oito exemplos de boa iluminação na cozinha


Aprenda, com oito cozinhas bem iluminadas, a usar o tipo certo de lâmpadas e fazer o seu trabalho render.

Em locais de trabalho, como cozinhas e lavanderias, a iluminação uniforme evita a fadiga dos olhos. Para bancadas, indicam-se lâmpadas com excelente fidelidade na reprodução de cores (IRC), que atinjam um índice mínimo de 84%. Isso é importante para que você possa identificar as tonalidades exatas dos alimentos na fase de preparo. As incandescentes (entre elas, as dicroicas) são as campeãs nesse quesito. Na seleção da coifa, vale o mesmo tipo de iluminação, mas com lâmpadas mais potentes, a partir de 50 w. Quanto ao pendente sobre mesa de jantar, respeite a distância entre 0,90 e 1 m do tampo. Ao escolher a maioria das luminárias, convém optar por modelos com tampas ou cúpulas removíveis, que facilitam a remoção da gordura.

 
Nesta cozinha carioca, os lighting designers Carlos Fortes e Gilberto Franco alocaram simetricamente as luminárias no forro. Sobre a área do fogão, usaram dicroica de 50 w e 3 mil k. “Essa temperatura torna a comida mais apetitosa devido ao alto índice de reprodução de cores”, justifica Carlos. Sobre as demais bancadas, adotaram halopin de 60 w porque buscavam um efeito difuso na área de trabalho. Nos armários, reentrâncias na parte inferior trazem lâmpadas xenon num perfil métalico. Produtos da Lumini e arquitetura de Arthur Casas. 

 
Com uma mesa de jantar espaçosa, a cozinha deste apartamento em São Paulo aproxima os moradores dos convidados enquanto se prepara a comida. A iluminação, idealizada pela arquiteta Roberta Banqueri, atende a todas as funções. No rasgo do forro de gesso (20 cm de largura), as fluorescentes T5 oferecem ótimos fluxo luminoso e índice de reprodução de cores. Para clarear a mesa por inteiro, alocaram-se três pendentes (Tec Lutres) a 60 cm de distância entre si. Eles usam lâmpadas halopin de 50 w, que geram uma luz mais quente. Na bancada de granito, onde estão os vasinhos coloridos, dicroicas emitem um facho fechado, pontual. Todos os recursos funcionam em circuitos independentes. 

 
Paralelos às vigas do teto, os pendentes do tipo régua funcionam como luz geral da cozinha deste apartamento em São Paulo. Fixados por cabos de aço, eles contam com um regulador de intensidade para as lâmpadas halógenas palito de 100 w. “Esse recurso possibilita variar os cenários de acordo com a ocasião”, explica o arquiteto Hilmar Diniz Paiva Filho, que trabalhou em parceria com Marisa do Valle. Acima da bancada da pia há spots embutidos no forro com dicroicas de 50 w. Quatro unidades dessa mesma lâmpada aparecem na coifa de aço inox (CrissAir) sobre o fogão. 

 
Nada de luminárias em excesso espalhadas pelo forro. Esse foi o partido das arquitetas Gabriela Eloy e Carolina Travaglini ao pensar a iluminação desta cozinha no Rio de Janeiro. O pendente Robinson, com design marcante, reina absoluto sobre a mesa de jantar. Ele cria luz difusa com uma lâmpada eletrônica amarela de 11 w (Osram). No teto, a sanca esconde uma mangueira luminosa que delimita o ambiente. Para focalizar a área da bancada, spots com fluorescente compacta E27 de 24 w iluminam a área de preparo da comida. Produtos adquiridos na Puntoluce. 

 
Na cozinha de lazer deste refúgio em Xangri-Lá, RS, o teto de concreto aparente contrasta com as luminárias brancas (Interlight, compradas na Comercial Elétrica São Pedro). “Presa direto na laje, a régua com cinco spots pontua o balcão. Lâmpadas PAR 20 deixam a iluminação mais quente e agradável”, justifica o arquiteto Cristiano Lindenmeyer Kunze, sócio de Nathalia Cantergiani, da Cantergiani+Kunze Arquitetos. As demais luminárias, com o mesmo tipo de efeito, servem de luz geral. 

 
Integrada à sala de estar, a cozinha deste apartamento nos Jardins, em São Paulo, oferece à arquiteta Paula Bittar e à família uma bancada para refeições rápidas. O tampo de Silestone é evidenciado por spots dotados de dicroicas de 50 w (La Lampe), embutidos no forro de gesso, e também recebe a luminosidade vinda da coifa (modelo Letízia, da Arwek) equipada com duas dicroicas de 50 w. Para iluminar a parede de tijolos parecidos com os de demolição, essa mesma lâmpada está nos spots instalados no teto a cada 30 cm. 

 
A cozinha deste apartamento em São Paulo mede só 7 m², mas não falta espaço nem conforto para o morador preparar seus quitutes. Enquanto o espelho em frente à pia traz amplitude, os spots embutidos no forro clareiam a área da bancada por completo – a distância entre eles é de 1,20 m. As lâmpadas halógenas PAR 20 de 50 w têm uma coloração amarelada, que se contrapõe à luz fria das fluorescentes T5 de 28 w, no centro do ambiente. Essas opções contam com um difusor acrílico capaz de atenuar reflexos e sombras. Projeto de Lilian Wexler Arquitetura e luminotécnico da Officelux.

 
Para imprimir uma atmosfera acolhedora a esta cozinha gourmet em Rondonópolis, MT, o lighting designer Rafael Leão apostou em níveis luminosos contrastantes. “É o oposto de uma luz uniforme”, explica ele. Na parede ao fundo, a sanca de gesso embute fluorescentes de 32 w. Fixadas na parte inferior dos armários, halógenas bipino de 20 w driblam a perda de luminosidade na área de trabalho. Chamativos, os dois pendentes de alumínio (Ômega Light) mais do que pontuam o balcão. “Eles a ajudam a disfarçar a presença da coifa industrial”, explica Rafael. Onde estão a mesa e as cadeiras (veja a planta), luminárias de sobrepor distribuem a luminosidade. “Todas as peças ficam ligadas em dimmers que permitem selecionar a cena desejada”, fala o especialista. Arquitetura de Álvaro Côrtes. 

 
Pontos azuis: suspensos por cabo de aço, os pendentes estão a 1,60 m do piso e a 1 m de distância entre si. Eles usam incandescentes de 100 w. Pontos amarelos: mesa e cadeiras formam uma área de estar na cozinha. A cada 2 m, as luminárias no teto têm incandescentes com 60 graus de abertura. É um ângulo intermediário, que não compromete uma possível mudança de local dos móveis. Área laranja: Entre a borda da sanca e a parede ao fundo do ambiente, o vão de 40 cm de largura deixa a luz vazar. As fluorescentes de 32 w e 3 mil k apresentam um tom branco quente. Pontos vermelhos: As halógenas bipino fixadas na base inferior do armário trazem uma vantagem: “De tamanho reduzido, elas são ideais para um espaço compacto como este”, fala Rafael. 


http://casa.abril.com.br/materia/areas-claras-e-funcionais#1 

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